Provas, vestibulares, passar de ano e o mercado de trabalho. Pensamentos estes, que não saem da cabeça do estudante. Conforme uma pesquisa realizada pelo Datafolha, com 1.869 estudantes de escolas públicas de todas as regiões do país, 33% afirmam ter dificuldades de concentração e 18,8% se sentem totalmente esgotados e sob pressão.
E a ansiedade pode ser uma consequência destes atos. Mesmo sendo um mecanismo natural dos seres humanos, ela pode se tornar prejudicial quando começa a afetar os pensamentos, organismo, rotina e até o corpo. Segundo a psicóloga Lidiane Rabelo de Oliveira, todos têm ansiedade, mas ela pode aparecer para ajudar ou prejudicar o nosso sistema. “É como se essa ansiedade começasse a sentir no corpo. Como, uma alteração na frequência dos batimentos cardíacos, a respiração fica mais ofegante e chega a suar.
Em época de vestibulares os alunos ficam sobre pressão. Como é o caso da estudante, Maria Luiza Bet, do terceiro ano do ensino médio, que se sente sobrecarregada com os estudos e com o vestibular que pretende cursar.
“As pessoas põem uma pressão sem ter a consciência de estar pondo. Até quando eles perguntam ‘como estão os estudos?’, isso mesmo já faz a tua cabeça pensar. ‘Cara, não estou estudando o suficiente ou não estou no caminho certo ou meu método tá errado ou não vou lembrar de nada’”, comentou Maria.
Cuidados para aliviar a ansiedade pré-vestibular
“Consequência desta pressão, é justamente a própria ansiedade e o aluno fica preocupado em tirar uma nota boa para passar no vestibular, como se fosse aquela única chance da vida. E acaba ficando com medo, acaba desenvolvendo uma insegurança, e a autocobrança”, explicou a psicóloga.
Para Maria Luiza, nos últimos meses, a ansiedade bate. “Ela é bem prejudicial, porque tem vezes que a gente acorda e tem um monte de coisas pra fazer e você está tão ansiosa, com tanta pressão em cima de ti que não rende o teu estudo. E tu fica horas e horas na frente do computador ou na frente do livro e não consegue responder à questão e tu fica quase louca”, exaltou.
Para aliviar esta pressão, há uma dedicação na gestão do tempo. “Não adianta uma pessoa estudar o dia inteiro, sendo que não está prestando atenção. Por isso, ter um momento para o lazer, é extremamente importante. Descansar a mente, não é ficar no celular, é se conectar com a natureza, conversar com amigos, escutar uma música, ir ao parque”, relembrou a psicóloga.
Também, para Maria, ter uma hora de lazer tem que ter organização na agenda. “Eu organizo toda a minha semana no domingo, pra que eu consiga fazer tudo o que tenho na semana. Tudo bem-organizado, dá pra fazer tudo”, diz.
Dicas de rotina
Lidiane de Oliveira dá duas dicas de como melhorar a rotina. “Colocar no papel as coisas que precisam ser estudadas, como agenda, calendário ou bloco de notas, ajuda a ter controle sobre suas coisas. Também tem a escrita terapêutica, consiste em a pessoa escrever o que ela está sentindo. Mas, lembrando que cada um encontra sua forma de organização”, ressaltou.