A infância é uma fase crucial de desenvolvimento do ser humano, marcada por diversas mudanças. Portanto, a forma como a criança é criada e educada se torna fundamental para a formação de um adulto saudável. Nesse contexto, entra a educação positiva, que surge como uma nova maneira de educar.  

De acordo com a psicóloga Giovana Laureano, adotar esse método pode trazer muitos benefícios, não só no ambiente familiar, mas também no escolar. “Para a escola como todo, também é muito benéfico, porque torna um ambiente mais acolhedor, mais seguro. Com isso a gente pode perceber um clima escolar mais positivo, diminuindo os conflitos, aumentando a cooperação e a convivência dos alunos de uma forma mais saudável”, afirma Giovana.

A educação positiva é fundamentada em princípios da psicologia da neurociência e tem como grande referência o psiquiatra John Bowlby. “É uma educação que propõe firmeza, só que com empatia, limites e conexão. Nos convida a educar com consciência e despertar essa consciência. Porque não é fácil, a gente que vem de uma educação tradicional”, conta Fabrine Jeremias, influenciadora que compartilha nas redes sociais a educação positiva no dia a dia.

Essa abordagem pode ser iniciada logo nos primeiros dias de vida da criança. “Desde que o Benício nasceu, eu já pedi a licença para limpar, trocar a fraldinha, ensinando sobre consentimento e os limites do corpo. Enfim, tudo isso pode começar desde pequenininho para se adaptar nessa rotina”, relata a influenciadora. 

Apesar de muitas vezes esse processo ser iniciado com as crianças mais novas, não existe idade ideal para começar, “Educação positiva não tem idade. Quanto maior a criança, maior a importância de se sentir compreendida, respeitada, orientada e com muita empatia”, completa a psicóloga.

Na visão da influenciadora, educar de uma maneira respeitosa e ser permissivo, são coisas diferentes. “Essa confusão é muito comum e bem importante de esclarecer, porque educar com respeito não é deixar a criança fazer o que quiser. Tanto é que isso seria irresponsável da nossa parte. As pessoas acabam enxergando a hora do acolhimento, da empatia, de propor uma escolha, que é duas, três vezes por dia, de um longo dia, como permissividade”, afirma Fabrine.

Matéria escripa por Gabriela Santana.