Com a chegada das férias de inverno, muitos pais ficam perdidos em encontrar maneiras de entreter seus filhos durante este período. Os celulares e tablets são seus grandes aliados nestas horas, visto a sua praticidade. O uso exagerado das telas é prejudicial à saúde das crianças, então apostar em outras atividades para divertir a criançada é bastante válido.
Segundo a psicóloga, Giovana Laureano, o uso de telas pode impactar o cérebro dos pequenos de várias formas. “Ao usar de forma excessiva ou sem supervisão, as telas podem atrapalhar o desenvolvimento, pois podem reduzir o tempo dedicado a atividades que estimulam habilidades sociais, motoras e cognitivas, como brincar, interagir com outras pessoas e explorar o ambiente”, explica.
A especialista em saúde mental reforça que a concentração e a memória tendem a piorar com o uso de telas, afetando o rendimento escolar e a prática de atividades simples do dia a dia.
“Usar excessivamente as telas pode afetar o sono, a atenção e até mesmo o desempenho escolar. Por isso, é importante equilibrar o tempo de tela com outras atividades que incentivam o desenvolvimento saudável das crianças”, pontua Giovana.
Promover aos pequenos um ambiente estimulante e acolhedor para crescer com o mínimo possível de exposição aos celulares, tablets e aparelhos do gênero, pode ser crucial para a sua saúde e desempenho. A pedagoga e também mãe, Ana Cláudia Magnus, apesar de viver uma rotina corrida durante as férias, procura incentivar seu filho a realizar brincadeiras ao ar livre e com interação social.
“Mesmo que no período de férias, nós pais continuamos trabalhando, procuro organizar uma rotina em que inclua atividades diferenciadas para ele se divertir e curtirmos juntos na medida do possível. Como: cinema, pesca, passeio de quadriciclo, piquenique, pracinha, encontro com amigos, tardes na casa da avó, entre outros”, comenta Ana Cláudia.
Ana conclui que é fundamental que os pais sejam o exemplo para seus filhos, que mesmo numa época tecnológica compreendam os riscos deste tipo de exposição e possam desfrutar dela com consciência e normas.
“Essa geração nasceu na era tecnológica, e não tem como alienar eles, se nós pais trabalhamos e usamos os dispositivos junto com eles frequentemente. Portanto, sou a favor de um uso consciente, orientado, supervisionado, com regras e limites”, finaliza a pedagoga.



*Matéria escrita pela acadêmica da 1ª fase de Jornalismo, Laura Brehm