Nesta sábado (21), o último membro do grupo pop sul-coreano BTS, Suga, sairá do exército. Dessa forma, a formação estará totalmente liberada das suas responsabilidades com o exército e poderão retornar com suas atividades musicais.

O pop sul-coreano (K-Pop) é um gênero musical que vem ganhando a atenção do público mundial há alguns anos. Um dos grupos principais responsáveis pela popularização, é o grupo BTS, que surgiu em 2013 com sete artistas em sua formação: RM, Jin, Suga, J-Hope, V, Jimin e Jungkook.  

Em dezembro de 2022, o primeiro membro a se alistar no exército foi Jin, a partir daí, o grupo entrou em pausa para que todos pudessem prestar o serviço militar obrigatório. Mas se enganou quem pensou que o hiatus pararia o grupo: todos os membros prepararam obras solo, para que o army (nome do fandom do grupo) sentisse menos ‘saudade’, além de, aproveitar para evidenciar os talentos de cada integrante do conjunto.

K-Pop Em Criciúma

Em Criciúma, a febre reúne fãs da região em eventos que incluem dança, risada e até lojinhas com produtos especiais dos grupos mais amados do K-Pop. “Acredito que o K-Pop começou a se popularizar em Criciúma em 2017, mas já ocorriam pequenos encontros em 2012”, comenta a dançarina e influenciadora digital Gabriela Belletini.

 A Gabriela, ou “Morangabi” como é conhecida pelos seus seguidores, iniciou sua trajetória na dança com apenas 3 anos. Atualmente, produz conteúdos voltados para a dança, estilo e um dos seus amores: o K-Pop. “Conheci o K-Pop quando tinha 12 anos, e minha primeira apresentação foi no colégio em 2010 com a música Run Devil Run do grupo SNSD”, afirma a criadora de conteúdo.

E assim, o seu interesse pelo estilo musical a motivou a estudar. “O K-Pop me incentivou muito a estudar mais estilos de dança, porque ele é um estilo de música que envolve vários estilos de dança, então cada vez mais eu quero estudar estilos diferentes. Hoje, dou aula de danças urbanas e K-Pop, desde 2017. Também criei uma comunidade bem legal na internet, como criadora de conteúdo, um dos meus conteúdos é o K-Pop, então parte dessa conquista se deve a esse nicho”, destaca a dançarina.

O impacto do K-pop vai muito além da música. Para muitos fãs, ele representa oportunidades, conexões e descobertas pessoais. A dança, em especial, se tornou uma porta de entrada para vivências únicas e transformadoras.

“Consegui viajar para alguns estados para ser jurada em concursos de dança também. Ou seja, o meu leque de trabalhos aumentou bastante. Tive oportunidades bem legais de ter aulas com coreógrafos coreanos e ídolos de K-Pop também. Esse gênero musical acaba unindo as pessoas que gostam da cultura coreana e se identificam, formando grupos de amigos, ou até grupos de dança”, comenta Gabriela.

O K-pop também movimenta o empreendedorismo. Jessica Pereira, além de analista administrativa, vende itens relacionados ao K-Pop nos eventos que ocorrem ao longo do ano. “Comecei em 2023, vi que havia muita gente na região que gostava de k-pop e senti que a lojinha traria um pouco de aconchego e felicidade para as pessoas”, explica Jessica.

Em meio aos eventos dedicados ao gênero, surgem iniciativas que vão além do entretenimento e se transformam em espaços de acolhimento e identificação. “Eu amo k-pop, escuto há mais de 15 anos. Sou colecionadora. É o meu estilo musical preferido. Acho que ele abraça e une as pessoas, é uma espécie de terapia. A gente se encontra e se identifica com os conceitos, com as eras, e isso é o mais bacana. Tem abrangência para todos os tipos de pessoas”, conta.

* Matéria escrita pela acadêmica da 1ª fase de Jornalismo, Bianca Bento.