A utilização de livros para o aprendizado dos alunos incentiva a leitura em sala de aula, mas para além disso, promove a criatividade, a expansão do vocabulário e a compreensão de diferentes linguagens. O estudo da literatura rompe barreiras e abre portas para o conhecimento de diferentes temáticas. A partir desse pilar educacional, foi desenvolvido o projeto ‘Sombrinha Literária: uma reflexão a partir da obra Tempo de Colher Flores’, no Colégio Satc. A iniciativa inspirou manifestações artísticas e culturais das turmas do 1º ano do Ensino Médio, que coloriram o campus com suas produções literárias e obras visuais.
A proposta deste ano para o livro fez um paralelo com assuntos abordados na obra e o tema anual da escola que é ressignificar. “A escolha da sombrinha literária faz relação com a proteção, já que a protagonista era uma mãe protetora, assim como todas as mães. A parte artística da sombrinha foi baseada em um fragmento da obra, onde os alunos escolheram a parte que mais gostaram, escrevendo-o de forma criativa e decorativa. Então, essa ação buscava ressignificar o fragmento de texto por meio da arte, já que a Literatura contempla manifestações artísticas”, explica a professora de literatura do Colégio Satc, Flávia Giassi Patel.
Eternizando ainda mais os ensinamentos que a literatura promove, as turmas produziram as sombrinhas, aliando os conhecimentos do livro estudado com diferentes maneiras de expressão. “Literatura também é arte e essa proposta foi desenvolvido para desmistificar que Literatura é somente leitura. Mas é também é apreciação, criatividade, entendimento, elementos esses, utilizados em nosso trabalho. Foi notório nos projetos a leitura da obra, alguns detalhes bem específicos representados nas sombrinhas que mostraram o que esse livro transmitiu aos jovens”, pontua Flávia.
Sombrinha Literária vira arte
O livro ‘Tempo de Colher Flores’ de André Zamboni, trata sobre a questão ambiental do desastre da cidade de Brumadinho (MG) com o rompimento das barragens e foi escrito em forma de romance. A obra estimulou a reflexão e o debate em sala de aula, além de despertar a emoção e a sensibilidade dos leitores jovens.
“A proposta da minha sombrinha literária envolveu o significado das flores, que no livro envolve a esperança e o ciclo de vida. Ao usar a imagem das margaridas, o autor fez uma metáfora para o ato de plantar e colher flores, que no contexto do livro, significa a recuperação e o renascimento da natureza após um desastre de Brumadinho”, relata a aluna da turma 1007, Maria Eduarda Nasário.
Já o aluno da turma 1006, Breno Nascimento da Cruz, se inspirou nas estrelas. “Na história a mãe descrevia que olhava muito para o céu a noite, prestava muita atenção de onde estavam vindo as estrelas, e pensava que o filho ia voltar algum dia, mas infelizmente ele acabou não voltando mais. Então pintamos diversas constelações e estrelas na nossa sombrinha para demonstrar esse ato de esperança materno”, destaca.

