O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), aponta que 93% da população entre 9 e 17 anos tem acesso à internet. Um dos principais problemas do uso excessivo das telas, é a diminuição da comunicação entre pais e filhos.

O fácil acesso à smartphones, computadores e à televisão, torna propício o afastamento dos adolescentes do convívio social. “Seja jogando, assistindo vídeos ou nas redes sociais, as crianças e adolescentes não passam momentos com a família. Essa dificuldade de diálogo existe por não ter assunto”, explica a psicopedagoga, Rosângela Dagostin.

A especialista, também indica a diferença geracional como uma razão para o pouco diálogo. “Levando em conta as gerações que separam pais e filhos, há muitas coisas que fazem com que os assuntos não sejam os mesmos. Existem outros interesses, outro foco”, ressalta Rosângela.

A dificuldade de comunicação com os filhos também é uma realidade enfrentada pela Michele de Medeiros, mãe do Davi Luiz de 10 anos. “Nessa fase que ele está hoje, as respostas são rápidas e curtas, muitos tudo bem, tudo certo. Eu tenho que puxar conversa para ele se abrir mais”, afirma.

Algumas das formas que Michele encontrou para contornar as respostas monossilábicas do filho, são perguntar sobre o dia a dia e assistir filmes. “Eu tento deixar ele bem à vontade comigo. Sempre que estou com ele, eu peço para ele me contar como foi a aula. Então sou bem parceira”, expressa.

Dicas para melhorar o diálogo com os filhos

Para que pais possam gerar um diálogo mais proveitoso com os filhos, Rosângela passa algumas dicas de o que pode se fazer.

“Orientar quanto ao uso de telas, criar momentos juntos, memórias como: passeios, cinema e teatro. Também bom não fazer perguntas fechadas que dão margem para respostas sim, não. Tentar direcionar o assunto, perguntando se aconteceu algo, ou sobre o que foi a aula, por exemplo”, destaca a psicopedagoga.

Foto/Diálogo entre pais e adolescentes