O presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Luiz Zancan, participou da reunião do Coal Industry Advisory Board (CIAB) da Agência Internacional de Energia (IEA), realizada na sede da National Mining Association, em Washington (EUA). Durante o evento, foram discutidos avanços em tecnologias limpas, como o a Captura de CO2 e o fortalecimento da cooperação internacional.

Zancan destacou a relevância das discussões para o setor. “O apoio do Departamento de Energia dos Estados Unidos à indústria do carvão, combinado com os recursos disponíveis para desenvolvimento de tecnologias limpas, abre portas para iniciativas globais. O Brasil pode se beneficiar dessas inovações para modernizar suas plantas e explorar novos usos para o carvão, como fertilizantes e hidrogênio azul”, afirmou.

A reunião contou com apresentações de lideranças como Steven Winberg, subsecretário de Infraestrutura do Departamento de Energia dos EUA, e Keisuke Sadamori, diretor de Mercados e Segurança Energética da IEA. Winberg enfatizou a necessidade de uma narrativa pública equilibrada entre fontes fósseis e renováveis. Segundo ele, “o retrofit de plantas de carvão com tecnologias como a captura de CO2 é uma solução promissora diante da crescente demanda por energia elétrica”.

Durante a viagem, Zancan alinhou iniciativas de cooperação com laboratórios nacionais americanos, como o Oak Ridge e o NETL. “Conversamos com o diretor do Oak Ridge, Edgar Cuzio, e já organizamos uma visita para o primeiro semestre. Essa parceria pode gerar avanços significativos em pesquisa e desenvolvimento, além de reforçar o protagonismo do Brasil no setor de carvão sustentável”, explicou.

Outro destaque foi o contato com Michelle Manook, presidente da Future Coal Alliance, e Debo Adams, representante do ICSC, que oferecerá consultoria para o projeto de P&D da Usina Pampa Sul (RS). “Essas interações reafirmam a importância de posicionar o carvão como um elemento-chave na segurança energética global, com foco em sustentabilidade e inovação tecnológica”, concluiu Zancan.