O combate à corrupção e as boas práticas na gestão pública foram as pautas do Observatório Social de Criciúma desde a sua fundação em 11 de agosto de 2014. Na noite desta segunda-feira (12), os dez anos da entidade foram comemorados ressaltando a importância das mesmas pautas e a resiliência em busca de um melhor aproveitamento da verba pública.
No Auditório da Acic, em Criciúma, mais de 150 pessoas prestigiaram o Procurador de Justiça de Santa Catarina, Affonso Ghizzo Neto, com a palestra: “A corrupção como problema de ação coletiva” e acompanharam as homenagens aos ex-presidentes, voluntários e mantenedores do OS ao longo destes dez anos.
“Hoje é o dia de agradecer a todas as pessoas físicas e jurídicas que durante esses dez anos deram sustentação financeira ao Observatório Social de Criciúma. Foram muitas ações e podemos inúmeras muitas delas, por isso, é importante agradecer nossos voluntários que fizeram essas ações ao longo dessa década. Sozinhos não somos nada, junto somos melhores”, destacou o presidente do Observatório Social de Criciúma, Moacir Dagostin.
Fruto de uma ação da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), o Observatório nasceu e continua tendo suas reuniões no prédio da entidade empresarial. Apesar de não ter vínculos, a ação rendeu frutos até os dias de hoje. “Quando pensamos em Observatório Social pensamos em cidadania. Criamos o OS pensando dessa forma: Queremos que o nosso dinheiro seja aplicado de maneira eficiente”, ressaltou o ex-presidente da Acic e um dos idealizadores do Observatório Social, Cesar Smielevski.
Com ações práticas junto à gestão municipal e ao legislativo de Criciúma, o OS foi declarado, em 2019, de Utilidade Pública pelo governo de Santa Catarina. “O Observatório de Criciúma é diferenciado, sempre foi. Ele foi constituído por câmeras, cada uma cuidando de uma parte da gestão e o resultado tem sido sensacional. Pela representatividade que temos aqui neste evento de hoje, conseguimos estimar a importância que essa entidade tem para Criciúma”, afirmou o presidente da Acic, Valcir Zanette.
Com uma plateia formada por entidades da região, representantes de Observatórios de outros municípios, políticos e estudantes de direito, o promotor de justiça, Affonso Ghizzo Neto, destacou a importância do OS, além do dever de cada cidadão e de cada entidade política na responsabilidade com a verba pública.
“Não tem um cheque em branco, o governante precisa saber que o cidadão está observando. O problema da corrupção é estrutural e sistemático, ele entra em qualquer país do mundo. Se não tivermos esse controle social não temos chance. É necessária a educação social”, reiterou o procurador.