A equipe do Núcleo de Meio Ambiente do Centro Tecnológico Satc (CTSatc) está realizando a atualização do mapeamento de bocas de mina abandonadas na região sul catarinense. Os profissionais NMA estão vistoriando os locais onde já estavam catalogadas as estruturas para verificar como estão hoje, visto que o primeiro levantamento foi feito há quase 20 anos.
A ida a campo do grupo do NMA iniciou em março e será feita até maio. O levantamento permite uma atualização no status de cada boca de mina. Conforme vão atuando, os técnicos observam se já foi feita a recuperação do local ou se ainda é necessário que ocorra alguma intervenção.
Para realizar o trabalho de campo, a equipe utiliza um software livre permitindo assim a coleta de dados. “Preenchemos um questionário com as informações sobre o local e situação de cada boca de mina. O software também permite a inclusão de novas imagens que demonstram como está o local no presente”, informa o geógrafo William Sant’Ana.
Dados das bocas de mina integram relatório
O trabalho é uma das metas propostas no 15º relatório de indicadores ambientais desenvolvido pelo NMA e analisado conforme determina o Grupo Técnico de Assessoramento (GTA) da ACP do Carvão. O relatório traz os dados das áreas em recuperação ambiental nas bacias hidrográficas dos rios Urussanga, Tubarão e Araranguá.
“Os dados serão anexados ao 15º relatório que, posteriormente, vai ser entregue aos representantes do GTA no mês de agosto”, afirmou a analista ambiental do NMA, Regina Freitas Fernandes. São mais de 800 pontos que serão mapeados pela equipe técnica.
Por isso, o trabalho desenvolvido pela equipe permitirá que se faça os ajustes no banco de dados das áreas em recuperação ambiental. As informações vão estar disponíveis para consulta pública após a conclusão do relatório.
O primeiro levantamento foi feito em 2003. Isso permitiu a construção do diagnóstico inicial, conforme observado pela equipe.
“Na época, os equipamentos não eram tão precisos como os que temos agora, e isso acabou provocando algum deslocamento ou erro na localização. Alguns itens foram corrigidos, enquanto outros serão atualizados agora, com esse novo levantamento”, informou o engenheiro Márcio Zanuz, diretor técnico do Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc).