Um novo projeto de pesquisa do Centro Tecnológico (CT) Satc, em parceria e fomentado pela Diamante Geração de Energia, visa analisar a estimativa de vida útil de materiais utilizados em usinas termelétricas. O estudo propõe tirar uma amostra de metal de equipamentos mecânicos para estimar a vida residual desses componentes. O projeto foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e está em fase inicial. Toda metodologia deve ser implantada em três anos.
A metodologia do projeto consiste em fazer a extração de uma parte do equipamento – que é um pedaço do tamanho de um grão de arroz, realizar ensaios, comparar dados e chegar a uma conclusão prática e real. Segundo o coordenador do projeto, Luiz Carlos de Cesaro Cavaler, esse resultado oferece segurança e economia para as empresas.
“São equipamentos de grande porte, então sabendo estruturalmente a estimativa de vida das plantas instaladas, é possível exigir ao máximo a vida útil desses equipamentos, garantindo assim a sua segurança e sua produtividade”, afirma.
Inicialmente, a ideia do projeto é colocar em prática a metodologia em componentes de alta energia de usinas termelétricas. Mas que, posteriormente, poderá ser replicada também para outras empresas que operam com equipamentos de grande porte que sofrem calor e pressão. Para o engenheiro de manutenção da Diamante Geração de Energia, Franco Comeli, o projeto é importante para reforçar a confiabilidade dos ativos e a segurança dos colaboradores durante as operações.
“Algumas plantas de geração termoelétrica da Diamante estão operando há mais de 200.000 horas resultando na degradação metalúrgica e, por consequência, na resistência mecânica dos componentes. Desta forma, as caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência para determinar a sua vida remanescente”, ressalta.
O projeto é inédito em relação a infraestrutura laboratorial e metodologia de aplicação. “Não há empresas nacionais que realizam esse tipo de análise comercialmente. Então, além do próprio objeto de estudo, que já um desafio, existe um mercado enorme a ser atendido, visando maximizar a infraestrutura de parques industriais instalados em todo o território nacional”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Inovação do CT Satc, Luciano Bilessimo.