O tema inclusão vem sendo discutido cada vez mais, não apenas em ambientes escolares, mas também em atividades esportivas. O Pernas Solidárias Içara é um projeto social que visa a integração através do esporte, no qual corredores voluntários, por meio de triciclos adaptados, conduzem pessoas com deficiência física ou intelectual.
O Coordenador do Projeto em Içara, Júlio da Silva, conta que a ideia surgiu quando participou de uma corrida promovida pelo Lions Club, em Balneário Camboriú. “Tive a vontade de trazer esse evento para Içara e promover aqui a inclusão social para as pessoas com algum tipo de deficiência, por meio do esporte, em especial da corrida de rua, que é um dos esportes mais democráticos do Brasil” ressalta.
Ação voluntária
Atualmente a iniciativa é composta por 40 voluntários, que auxiliam na locomoção e montagem dos transportes como também no recebimento dos atletas nos eventos. O projeto conta com vinte triciclos adaptados da empresa Adapt Run, também duas Hand Bikes que são bicicletas especiais para pessoas com deficiência motora em membros inferiores.
Um dos Voluntários, Rafael Ugioni Colombo, participa do Pernas Solidárias desde o início do projeto, auxiliando tanto na parte da montagem e posicionamentos das cadeiras, como também nas corridas conduzindo os triciclos. “Toda corrida é uma experiência diferente, onde colocamos os superatletas, como os chamamos, nos triciclos e depois que passamos o pórtico de chegada e vimos as pessoas vibrando e aplaudindo, até mesmo as crianças com deficiência comemorando como se fossem realmente atletas profissionais, isso para nós é muito gratificante”, declara.
Ainda conforme Ugioni, o projeto o incentiva a praticar a inclusão em todos os âmbitos. “Estar juntamente com todas as pessoas e estar integrando pessoas com deficiência através do esporte é algo que gosto de fazer”, afirma.
Projeto realiza seu primeiro evento
O Treinão, é o primeiro evento realizado pelo Pernas Solidárias Içara, recebendo o apoio da coperaliaça A corrida será no próximo domingo (5) e já conta com 38 voluntários e 250 atletas inscritos, além de uma estrutura de 22 triciclos adaptados e duas Hand Bikes.
“A ideia da corrida inclusiva teve início no ano de 2019 e foi preparado e desenvolvido para iniciar em 2020, porém com a pandemia não foi feito o treinão. Durante o período que não inauguraram o evento, os atletas participaram de seis projetos em outras cidades como Balneário Rincão, Criciúma, Araranguá, Tubarão, Içara entre outros locais da região sul.” explica o coordenador.
O dinheiro arrecadado com a taxa de inscrição do evento será revertido para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e também para Associação Beneficente de Apoio aos Autistas (ABAA) de içara.
*Matéria de: Maju Berto
