Natural de Porto Alegre e residente de Criciúma há quase 17 anos, o artista plástico, Breno Stern, marca presença na 18ª edição da Feira do Livro, fazendo retratos ao vivo dos visitantes. Com mostras do trabalho nas paredes do estande e em cadernos, o artista expõe a paixão pela arte por meio de rabiscos coloridos e precisos. Em cada traço, conta sua trajetória e olhar sobre o mundo.
Desde a infância, Stern retratava os colegas em desenhos e vendia a preços bem acessíveis, com o objetivo de comprar lápis e materiais para continuar pintando. “O desenho é a jornada da minha vida. Adoro registrar meu olhar sobre o mundo por meio dessa linguagem artística”, destaca.
Em 1974, aos 18 anos, o artista realizou a primeira mostra expositiva da carreira. Apesar de iniciante, Stern teve uma boa aceitação do público. “De 30 e poucos trabalhos, vendi quase todos”, recorda.
Em 2009, o artista se formou em licenciatura e lecionou arte em algumas escolas. “Agora aposentado e com quase 70 anos, me ofereço para dar oficinas gratuitas para as crianças”, pontua.
Desenhando a vida de forma pura e real
O especialista, ao longo da jornada, teve a oportunidade de trocar ideias e pensamentos com mestres famosos que admira, encorajando-o a seguir com o sonho de ser artista plástico.
Por meio de mostras expositivas, em galerias ou em eventos, Stern comercializa suas obras. Com técnicas bem variadas e exclusivas, o desenhista conta com o apoio de materiais diferenciados e importados.
“Sempre gostei de representar a vida como ela é, tanto em Porto Alegre, como em outros lugares em que vivi. Eu me identifico muito com o retrato, uma das maneiras de apresentar minha visão sobre o meu próximo”, explica o artista plástico.
Stern frisa que não é saudável criar um personagem em cima daquilo que somos internamente. “Busquem incansavelmente pelo autoconhecimento. É o que os seres humanos têm de melhor”, completa.
Admiração à primeira vista
Com inúmeros estandes de livros por toda a parte, a acadêmica, Laura Bortolin, visitou a Feira do Livro nos anos anteriores, mas nunca percebeu o lado artístico presente no evento. Na edição de 2025, ao se deparar com o trabalho de Stern, ficou encantada. “Foi instintivo. Parei para folhear as pastas com o portfólio das obras do autor”, conta.
O cuidado de Stern na escolha dos materiais para produzir cada desenho chamou a atenção da estudante. “Gostei da maneira como o artista produz obras semelhantes mas com materiais diferentes”, destaca a acadêmica.
Para Laura, conhecer a história de Stern foi o ponto alto da visita à Feira do Livro. “Conversar com o autor é como revelar o por trás de seus trabalhos”, revela.



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