Durante os tempos pandêmicos muitos setores estão tendo dificuldades de se manter financeiramente. Por conta disso estão tendo que se adaptar. Com as costureiras da região da Criciúma não foi diferente. Com casamentos sendo adiados ou até cancelados os pedidos acabaram diminuindo nesse período. Esse foi o caso da costureira Terezinha Muneretto que teve que se reinventar para conseguir uma nova fonte de renda.
“Minha especialidade é roupa de festa, mas por conta da pandemia as pessoas não estão mais se formando e os casamentos estão sendo adiados. Estou com dois vestidos prontos para a entrega que as noivas não vieram buscar por conta do cancelamento do evento. A minha família é da roça, então para conseguir sobreviver durante esses tempos eu voltei a trabalhar com eles. No início da pandemia até recebemos auxílio do governo, mas agora não mais”, relatou Terezinha.
Semelhante a situação da Terezinha, a costureira Neusa Querino teve que fechar temporariamente seu ateliê durante a pandemia. Trabalhando com costura desde os 15 anos de idade, Neusa teve que dar uma pausa forçada no seu trabalho durante os meses iniciais da pandemia e após passar três meses parada, ela se juntou com outras três costureiras e iniciaram a confecção de máscaras.
“No início foi difícil. Eu e outras colegas começamos a fazer máscaras e trocávamos por alimentos. Doamos os alimentos por um bom tempo, mas depois começou a ficar difícil para nós, então começamos a ficar com uma parte deles. Hoje trabalho normalmente com todos os cuidados necessários”, contou Neusa.