A dependência emocional ocorre quando uma pessoa está excessivamente ligada emocionalmente a outra, comprometendo a autoestima e a singularidade do indivíduo. Embora possa acontecer em todos os tipos de vínculos, é mais comum que essa dependência se manifeste entre casais, abrindo espaço para possíveis desentendimentos, segundo especialista.
Muitas vezes confundida com o amor, a dependência emocional desencadeia riscos para quem a vive diariamente, de acordo com a psicóloga, Carine Pedrotti. “A fusão entre os parceiros é bastante comum. Eles vão se misturando e perdendo sua identidade como sujeito. É complicado saber quem começou o que, a pessoa vai se distanciando de si mesma e começa a se sentir muito insegura de seguir sozinha, de olhar para as suas necessidades”, explica.
Um relacionamento é composto por dois seres inteiros que se potencializam no ‘nós’, ainda conforme a especialista. “É necessário ter muita autoestima, segurança, amor próprio e autoconfiança para estar em um relacionamento saudável”, afirma.
As emoções ficam mais sensíveis à medida que a dependência se torna mais forte. Segundo Carine, a qualquer afastamento ou falha do outro, a pessoa sofre por insegurança e impede a saída desse movimento. “Os relacionamentos ficam mais desequilibrados, possibilitando com que a dependência frequente um novo espaço, como de uma manipulação ou até um possível abuso nas relações”, destaca.
Uma atitude que não deve ser normalizada, de acordo com a psicóloga, é enxergar o relacionamento como o único sentido da vida, o único pilar. Anular-se para agradar o parceiro ou parceira, e acreditar que sem o outro não há futuro, é perigoso. “O amor saudável, ele não anula, ele não diminui, pelo contrário, ele fortalece, soma e permite que você cresça”, pontua.